Há pessoas que absorvem o
que outros pensam, falam e determinam. E depois de absorverem, apenas
inundam-se com o pensar - e a determinação - do outro. Elas são meras esponjas.
Estão sempre à espera de um comando de voz. É muito difícil para elas
argumentarem, terem um pensamento independente. E por isso elas estão sempre a
procura do que o outro pensa, do que o outro fala, porque elas não agem, elas
somente reagem.
Há outras que analisam o que
vêem, pesquisam, duvidam, comparam, contextualizam o que escutam com o que
podem captar pelo próprio olhar. Estas pessoas vivem à mil por hora, parecem
estranhas no mundo que vivem e são pouco compreendidas.
As "esponjas"
dizem: por que elas insistem tanto em pensar, em questionar, em duvidar, em se
impor? Por que esta sede de viverem com tanta intensidade, sempre em movimento,
preocupando-se com tudo que os rodeia? Por que observam tanto o mundo, se mais
simples seria observar somente o próprio umbigo?
Ora, é tão simples: estas
pessoas não são "esponjas". Só isso: não são esponjas.
Anna Jailma
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