Ouvindo Tom Jobim cantar "Insensatez", uma das
minhas músicas preferidas..."ah insensatez/ que você fez/coração mais sem
cuidado..."
Eu sou uma apaixonada árdua da música e da escrita. Rubem
Alves disse que "...cartas de amor são escritas não para dar notícias, não
para contar nada, mas para que mãos separadas se toquem ao tocarem a mesma
folha de papel..."
Eu diria que toda a escrita tem esta missão, de unir
mãos. É emocionante tocar a escrita, a letra autêntica de quem já partiu. É uma
forma de concretizar a emoção, o pensamento, de quem não está mais entre nós.
Da mesma forma a música.
Quantas vezes, a música não trouxe para perto quem já
partiu ou quem está distante?!
Todo mundo deveria ter uma espécie de "diário" com
pensamentos, emoções e citações de ideias ou músicas que gostava...com
desenhos, lembranças concretizadas.
Assim, os seus descendentes teriam uma
forma de conhecer e ter por perto, de geração à geração.
Anna Jailma
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